sexta-feira, 27 de julho de 2012

PLANO DE AULA Arte Contemporânea - representação


 
     
                                       A verdade tem apenas uma face, mas seu oposto possui ilimitadas versões, com as quais lidamos.” (ARENDT, Hannah. 1992.)


OBJETIVO
Apresentar o conceito de representação, contemplado dentro da arte contemporânea, referenciando a obra de Regina Silveira ,To be continued....
           
OBJETIVOS ESPECIFICOS
·        1. Perceber os conceitos de representação tomando como referência  Francisco Falcon e Carlo Ginsburg;
·        2. Conhecer Regina Silveira através da obra, To Be continued, apresentada na 8ª bienal do MERCOSUL;
·        3. Sobrepensar o conceito de representação dentro das vivências discentes, escalonando com a arte contemporânea;
·          4.Conceber trabalho artístico partindo das reflexões elencada;

METODOLOGIA
         Como estímulo ao pensar com arte, será apresentado (em D.S.) as obras de Regina Silveira sem identificação prévia. Interessante é deixar o aluno expor suas percepções primeiras sobre a obra, abrindo diálogo expositivo.
            Parte-se então para a compreensão primaria do que se entende sobre representação, completando este pensar com textos dos autores Francisco Falcon e Carlo Ginsburg. Atraente seria neste momento voltar a obra e rever conceitos.
            Num outro momento é apresentado Regina Silveira e seu fazer poético, juntamente com explanação sobre a 8ª Bienal do Mercosul e sua participação com a obra To be continued. Desta forma, retomar o conceito de representação e através de produção, conceber com a ajuda de elementos que a própria Regina Silveira cita para instigar a imaginação ( revistas, jornais, cartões postais), utilizando como material para produção a máquina fotografia.
           
        
CRONOGRAMA
Tome-se como estimativa 10 aulas de 45 minutos, sendo que o planejamento deve ser flexível e passível de mudanças.

AVALIAÇÃO
            A avaliação se dará durante o processo, na verificação das pesquisas, presença, troca do conhecer entre os discentes e na produção final.

REFERÊNCIAS

ARENDT, Hannah. Verdade e história. In: Entre o passado e o futuro. 3.ed., São Paulo:

FALCON, Francisco J.C. História das idéias. In: CARDOSO, S.F; VAINFAS, R. (org.). Domínios da história. Rio de janeiro: Ed. Campus, 1997, p.91-94.

GINSBURG, CARLO. Olhos de Madeira – nove reflexões sobre a distância. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.




MATERIAL DE APOIO 

1. Sob o título Ensaios de Geopoética, a 8ª edição da Bienal tratou da territorialidade e sua redefinição crítica a partir de uma perspectiva artística. Reuniu 186 trabalhos de 105 artistas de 31 países que desenvolvem obras relevantes para discutir noções de país, nação, identidade, território, mapeamento e fronteira sob os aspectos geográficos, políticos e culturais.
2. Em muitos textos de história e ciências sociais, o termo representação parece situar-se no centro de uma constelação de noções ou conceitos muito variados como imaginário(s), ideologia(s), mito(s), e mitologia(s), utopia(s) e memória(s). Acrescenta-se que a expansão recente de uma história cultural popularizou entre os historiadores o termo ‘representações’, muito embora esta promoção da noção de ‘representação’ a uma posição chave na historiografia não se tenha feito acompanhar de uma reflexão mais profunda sobre suas muitas significações. Trataremos de explorar um pouco mais este conceito, relacionando o com as artes plásticas e com os estudos de Ernst H. Gombrich, que certamente contribuem para o debate.
2.1. Para Ginsburg (2001), nas ciências humanas, fala-se, e há muito tempo, de ‘representação’, algo que se deve, sem dúvida, à ambigüidade do termo. Por um lado, a ‘representação’ se faz às vezes da realidade representada e, portanto evoca a ausência; por outro, torna visível a realidade representada e, portanto, sugere a presença.
3.O trabalho de Regina Silveira para a Bienal do Mercosul é um imenso quebra-cabeça cujo encaixe das peças não gera uma figura única, mas uma grande colagem de imagens do imaginário latino-americano. Regina, que recentemente teve seu trabalho exposto na Fundação Iberê Camargo, não se prende ao contínuo espaço e tempo nas suas obras, ela cria ao descolar a sombra de seu objeto, fazendo com que a imagem não obedeça aos parâmetros normais, trabalhando a questão da linguagem e do significante. Dessa forma, consegue agregar novas referências às imagens. To be continued... (Latin American Puzzle)  é a obra que Regina apresente nesta 8ª Bienal do Mercosul e que consegue mostrar como a diversidade cultural latino-americana, apesar de uma aparente diversidade de referências, consegue unir todas as peças para formar um conjunto que se destaca pela formação de uma unidade que, embora heterogênea, consegue se impor pela interação das suas partes, criando a identidade latino-americana. 
 
Regina Silveira, “To Be Continued... (Latin American Puzzle)”, 1997, papel fotográfico sobre recortes de EVA, 48,5 X 39,5 cm (cada peça)


 ...OUTRAS IMAGENS DA OBRA...






...Sobre REGINA SILVEIRA...



sábado, 21 de julho de 2012

Documentário Indios de Guaramirin - SC

Parte de um documentário realizado na cidade de Guaramirin em Santa Catarina, com participação de Andréa Maffezzolli, Fábio Klement, Eliane Maciel, Sidnéia Fosters, Ana Paula Muegge e Sirene Seguro.

"Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos".




     Gosto de observar ao meu redor, como forma de entendimento em mim mesma. 
     Tive quando adolescente o apelido de Coruja, pelos olhos verdes esbugalhados que prestavam atenção em tudo ao seu entorno, apesar de não possuir o giro de 180 graus na cabeça, possuo muitos graus girantes em pensamento. Tonta de tanta informação, me perco , em tudo que há e não descobri. Me encontro na reflexão. Penso. Sinto. Existo.  Sou.
      Lembrando Confúcio, "Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos".