sexta-feira, 8 de junho de 2018

Arte para a vida

         Minha sogra (78  anos) veio morar aqui em casa.
      Era somente eu, meu marido, os cães Zigmund Freud e Manoel, os gatos Sebastião e Barnabé.
Uma mudança na rotina da casa e na vida de todos. Diagnosticada com demência moderada, ofereci a ela o que eu tenho de melhor, a arte.
    Resolvi registrar aqui nossa caminhada. Ao fotografar seus trabalhos comentei com ela que escreveria um livro sobre nossas histórias e ganharia meu primeiro milhão (ela riu, eu também).
       Todas as atividades foram realizadas por ela,com suas mãos trêmulas, seus olhos frágeis, seu corpo que já não mais obedece, sua mente hora límpida, ora esquecida e sua personalidade dominadora. "Não se enganem com sua pseudo fragilidade", sogra é sogra e essa capricha!
Colagem com bolinhas de papel crepon
     
Giz de cera derretido com vela
A primeira atividade a gente nunca esquece

Primeiro contato com canetinhas coloridas. Muitos furos no papel por não conseguir direcionar a mão para o local desejado. Os olhos percebiam aonde deveria ser pintado, os comandos não chegavam até as mãos.



      E assim concluímos nossa primeira semana!