sábado, 22 de janeiro de 2011

FATALIDADE, DETERMINISMO ... ACASO

NÃO TINHA NADA, PERDI TUDO

            Lágrimas pela perda material e humana. O Brasil chora! Nos últimos dias e anos consecutivos, as imagens se repetem com graus elevados de catástrofes. Com o desespero o ser humano vive uma dualidade entre o ajudar e o se ajudar. Diante disto para alguns o “ágape” acontece, o amor caridade, o desejo de auxiliar ao próximo. Outros de caráter dúbio aproveitam o desespero alheio para conseguir beneficio próprio, ganhando auxilio financeiro ou alimentar.
            Várias discussões aqui poderiam ser abertas, desde a falta de confiança em ajudar o próximo visto que saques e vendas de doações acontecem, até o apego aos bens matérias, partindo da reflexão de que à matéria se constrói a vida findada, não. Poderíamos discutir valores, sentimentos, porém, vamos nos ater a fatalidade e ao determinismo.
            O que vem acontecendo nas várias regiões do Brasil, é fatalidade ou determinismo?
            Fatalidade, é obra do destino, é inevitável. Acontecimentos em que ninguém pode ser culpado ou se sentir responsável.
            Já o determinismo é o fenômeno natural pelo qual todas as ações estão ligadas, tudo está fisicamente determinado.
            Quando tiro parte de um moro, e construo lá minha propriedade, quando mudo o curso de um rio, quando esgoto os recursos naturais em meu entorno, poderíamos pensar além, poderíamos pensar nas ações do cotidiano, como quando deixo de fazer a manutenção da casa, do carro, quando deixo de ir ao médico ou ao dentista com a frequência necessária, quando intervenho no relacionamento ou na vida pessoal e profissional de alguém, enfim, quando interfiro na ordem natural do universo, voluntária ou involuntariamente, consciente ou inconscientemente, posso chamar o resultado desta ação de fatalidade ou determinismo?
            Ao responder, reflita atitudes e ações. O barato e fácil, o comodismo e a falta de opção de hoje, minha intromissão na vida alheia, ainda que subjugada, pode ser a determinação na minha vida amanhã.
            E se a fatalidade e o determinismo não estiverem na sua resposta, tente o acaso, que é aquilo que não podemos prever.
No entanto, deixo ainda uma provocação, segundo a ética, existe o livre-arbítrio, ou seja, o homem tem liberdade de escolha em sua ação.
E agora, o que me dizes?

                                                                     DÉA MAFFEZZOLLI


                                               Fonte primária



"Todo homem se refugia na desculpa de suas paixões, todo homem que inventa um determinismo é um homem de má fé."              
                       ( O Existencialismo é um Humanismo, Sartre, p.81)
           

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