ELE (seriamente enternecido): Vamos fazer um
negócio? Penso num negócio lucrativo, que possa envolver dois seres. Rezo um
contrato bem amarrado, para não acusar problemas. Alguns fatores podem trincar
a negociação, mas de todo, acredito no lucro em curto prazo.
ELA (assustadoramente com raiva): Muito bem, me faça a
tal proposta então?
ELE (enternecidamente decidido): Poderíamos juntos,
constituir filhos, dois ou três, você quem sabe. Adquirir local permanente e
meio de locomoção, claro que o local vamos demorar a pagar, talvez 30 anos,
porém, o negócio ficará na família. Não vejo problemas em relação ao tempo. Algumas
regras devem ser bem explicadas, como sócio proponente permito ou
não o momento de expor os sentimentos. As relações de amizade podem ser
decididas por ambos, as demais relações ficam de acordo com a necessidade de
cada um. Evitaremos a rotina, quando esta bater entraremos em período de
férias. As tarefas serão divididas de igual forma para que não haja desagrado,
e conforme a empresa crescer poderemos contratar mais funcionários. Os investimentos
serão de ambas as partes. Contrataremos um bom plano de saúde, caso alguém fique
doente, terá garantia de amparo. Se acaso, houver ruptura e interesse por outra
sociedade fica combinado o diálogo entre os sócios para que cheguem à resolução
do problema ou que dividam a empresa de forma a agradar ambos. Outros itens
podem ser ajustados assim que o contrato for assinado. O que você acha querida?
ELA (assustadoramente SOLTEIRA): Você está me
propondo ...
ELE (decididamente CASADO e com um sorriso
amarelo sol):
Sim!!! CASAMENTO!
ELA ...
ELE...
NÓS!
(Texto brincante autoral,
escrito sem intenções, muito menos com
pretensões, nasceu
do desejo e como forma de prazer, numa tarde chuvosa,
meus alunos em prova, eu a
escrever). Déa Maffezzolli