terça-feira, 10 de maio de 2011

HOMOFOBIA NAS ESCOLAS

                     Quero manifestar minha indignação por casos de homofobia que estão acontecendo em escolas públicas do estado de Santa Catarina. Tomo como partida, depoimentos de alunos e professores, que demostram aversão por fatos ocorridos neste último bimestre escolar.
                    Vemos de forma crescente uma estrutura familiar diferente, a que alguns chamam de famílias desestruturadas, onde a ordem esperada dos membros não satisfaz mais a ordem social, nem vínculos afetivos e de valores, aliás, a educação dos filhos está cada vez mais está nas mãos da escola, logo, dos professores.
                    Qualquer um pode dar aula, mas não é qualquer um que pode realmente ser professor. Se entendêssemos a força e o poder que temos em relação à sociedade, alguns não brincariam de lecionar. Se uma criança, não tem orientação em casa, ela vai buscar no local que espera ser confiável, a escola. Agora o que esperar de uma escola em que os próprios professores por falta de preparo, constrangem, oprimem, rejeitam, pré conceituam, e passam seus intervalos vazios a se indignar com o comportamento sexual dos alunos, ao invés de seguir o caminho da orientação.
                    Homossexuais existem sim, pra quem ainda não compreendeu, são homens e mulheres, no caso, meninos e meninas com uma opção de sexo diferente do que prega o tradicionalismo, o certo ou errado, não cabe ao profissional da educação julgar. Já temos muitas instituições alienantes para isso, cabem a nós a tolerância e a orientação.     
                    Percebe-se que alguns nem são “gays”, se utilizam desse argumento por ser uma forma chocante de ser ouvido, compreendido, buscando um lugar no mundo e na sociedade, e lutam com seus corpos como se fossem armas, beijam como se fossem espadas. É papel da família orientar, na falta, sem demagogia, e papel sim da escola.
                    Somos referências para nossos alunos, eles buscam em nós muito do que serão. Se não souber o que dizer, é melhor que não se diga nada. Vamos rever nossos conceitos e até nossos valores. A história esta sendo construída diante de nossos olhos, pelas nossas mãos. Devemos compreender finalmente como verdade a tolerância e o respeito com quem é diferente do que espero, afinal, como um aluno pode ser preparado por um professor despreparado?
                   O verdadeiro professor ajuda a construir a identidade do aluno, sendo sujeito participativo no seu conhecimento, na construção de valores que serão fundamentais para a sua vida. 
                   E se o salário ou carga horária, for empecilho para isso, troque de profissão e deixe de ser um profissional frustrado, amofinado, deprimido, reclamando pelos corredores, demonstrando insatisfação com tudo e todos, sendo que a verdadeiro descontentamento, inconscientemente é com sua própria conduta.
                   Nunca é tarde para recomeçar, o que não é admissível, é a perseguição e o consequente assassinato da estima de nossos educandos.
                   Fortuna da escola em que há um profissional da educação, verdadeiramente professor educador, legitimamente ético, já consciente e praticante da construção humana, merecedor de respeito e admiração dos alunos e da sociedade.




3 comentários:

  1. Ótimo texto!
    Também já tenho a impressão de ter lido ele antes... Será alguma citação em suas aulas? =P

    Mas está ótimo o texto... Mais uma coisa para se lembrar e pensar sobre1...

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  2. Adorei o texto. Muito bom, como todos os outros!
    Quem deveria dar o exemplo, é o que mais força essa situação! Porque essas pessoas só olham a aparencia. não conseguem reconheçer o carater verdadeiro!

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  3. Tembem adorei o texto.. !
    isso realmente é complicado..
    pessoas julgam sem ao menos conhecer ...
    Beijos

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